POLÍTICA


Michelle Bolsonaro afirma que quer ser primeira-dama e não presidente: ‘Eu não vou abaixar a minha cabeça’

Ex-primeira-dama diz que atuará ao lado de Jair Bolsonaro e só cogitaria candidatura se ele pedisse

Foto: Carolina Antunes/PR

 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que não pretende ser presidente do Brasil, mas sim primeira-dama novamente, ao lado de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante um evento do PL Mulher em Rondônia, neste sábado (27), ela afirmou que só aceitaria ser candidata à Presidência se Bolsonaro pedisse. “Vamos trabalhar para reeleger o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, porque eu não quero ser presidente, não. Eu quero ser primeira-dama”, disse ao discursar no evento.

“Meu marido está em casa, mas, se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos desta nação e até fora se precisar. Eu não vou abaixar a minha cabeça”, complementou.

Na última semana, Michelle deu uma entrevista ao jornal britânico The Telegraph, na qual afirmou que estaria pronta para disputar as eleições em 2026, caso seja da vontade de Deus, mas sem deixar claro qual cargo disputaria.

Em julho, Bolsonaro chegou a confirmar a esposa como pré-candidata ao Senado Federal pelo Distrito Federal, no próximo ano, pelo Partido Liberal. A candidatura de Michelle também é defendida pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, que já disse publicamente acreditar no potencial de Michelle para a política.

Atualmente, Jair Bolsonaro está inelegível até 2060 devido a uma condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2025. Ele foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

Além disso, ele já havia sido declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022.