POLÍTICA


Médicos e advogados orientam Bolsonaro a assistir de casa a julgamento no STF

Nos últimos dias, ex-presidente teve novas crises de soluços e vômitos em decorrência de uma esofagite

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido orientado por médicos, familiares e advogados vêm orientando a não ir às sessões em que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de terça-feira, por tentativa de golpe de Estado. A saúde debilitada é o principal argumento usado pelo entorno, que deseja que ele assista remotamente às sessões de casa, onde está em prisão domiciliar desde agosto.

A palavra final, no entanto, caberá ao próprio Bolsonaro. Na visão de aliados, porém, se comparecer ao Supremo, ex-presidente dará à militância uma “demonstração de força”, de acordo com o jornal O Globo.

Nos últimos dias, Bolsonaro teve novas crises de soluços e vômitos em decorrência de uma esofagite. Aliados do ex-presidente, como o secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho (RN), líder da oposição na Casa, dizem que sequer vão se inscrever para representar Bolsonaro na sessão que pode traçar o seu futuro.

Vou acompanhar o julgamento do Senado, sabendo que o relator já prejulgou a ação. Bolsonaro tem o meu apoio e a minha solidariedade. Acredito que a única opção de mudarmos o jogo é no parlamento com a anistia”, disse.

Como ato simbólico, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), deve pedir na reunião de líderes marcada para terça-feira que a anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro seja pautada, iniciativa que encontra resistência entre partidos de centro e de esquerda.

Na sexta, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) falou sobre o estado de saúde do pai depois de visitá-lo.

Está magro, não tem vontade de se alimentar e segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos. Dói demais ver tudo isso, mas sinto como obrigação compartilhar um pouco da realidade do momento com todos que estão sofrendo junto conosco”, afirmou nas redes sociais.