POLÍTICA


Lula diz que vai revogar decreto sobre custeio de traslado de corpos após caso de Juliana Marins

Decreto de 2017 não autoriza pagamento pelo transporte de brasileiros

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (26), em São Paulo, que irá revogar decreto que impede o governo federal de custear traslados de corpos de brasileiros do exterior para o Brasil. Lula anunciou a medida após a morte da jovem Juliana Marins, que caiu da borda da cratera de um vulcão na Indonésia.

Desde 2017, uma norma não autoriza o Ministério das Relações Exteriores a pagar pelo traslado de corpos de brasileiros. Lula disse ainda que irá editar um novo decreto, mas não detalhou como serão as regras.

“Quando chegar em Brasília agora, eu vou revogar esse decreto. Vou fazer um outro decreto para que o governo brasileiro assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda dessa jovem ao Brasil”, afirmou.

“Vamos cuidar de todos os brasileiros, estejam eles onde estiverem”, acrescentou.

Mais cedo, Lula anunciou, em rede social, ter conversado, por telefone, com o pai de Juliana Marins, Manoel Marins. O presidente informou ter determinado ao Ministério das Relações Exteriores que prestasse “todo o apoio” à família, “o que inclui o translado do corpo até o Brasil.”

O corpo de Juliana foi levado para Bali nesta quinta-feira (26), onde vai passar por autópsia. O procedimento deve esclarecer detalhes da morte.

Sobre o caso
Juliana Marins caiu do penhasco do vulcão no último sábado (21), enquanto ela fazia uma trilha com um grupo de pessoas e um guia local. A caminhada já estava no segundo dia, quando a brasileira disse ao guia que estava cansada para continuar. Ele teria falado para ela descansar e seguiu viagem com os outros turistas.

“O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana”, disse a irmã de Juliana, Mariana Marins no domingo (22).

Com informações da Agência Brasil