POLÍTICA


Lúcio: ‘Se Coronel não for candidato ao Senado, pode provocar insatisfação na base de Jerônimo’

Presidente de honra do MDB da Bahia afirmou ao MundoBA que "em time que está ganhando não se mexe"

Foto: Câmara dos Deputados

 

O presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, disse nesta terça-feira (4) que acha que o senador Angelo Coronel (PSD) deve ser escolhido para disputar a reeleição em 2026 na chapa encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). Para ele, “em time que está ganhando não se mexe”.

Questionado pelo MundoBA, o emedebista afirmou que uma possível candidatura do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao Senado não trará mais votos para o próprio governador Jerônimo Rodrigues no pleito do ano que vem, já que ambos são do mesmo partido.

“O raciocínio de ter três ex-governadores numa chapa e etc. é muito bonito, mas não esqueça que já perderam eleição, não o PT, mas a oposição com ex-governadores presentes na chapa. O Paulo Souto, o César Borges, etc. Então não é por aí, porque na minha ótica o voto de Rui Costa é o mesmo voto de Jerônimo, e o candidato do PT, será Jerônimo. Então, se você tirar hoje o Coronel da chapa, que ele tem direito à eleição, que é um time que está ganhando de um partido forte, com certeza provocará insatisfação na base, não estou dizendo nada de rompimento, estou dizendo de insatisfação”, disse.

Ainda segundo Lúcio, como o objetivo de seu grupo político é vencer as eleições, não deverá haver nenhum tipo de mudança nas posições da chapa majoritária. “O fato de ter três governadores não acrescenta em voto. Você pode até dizer, mas Rui Costa é mais forte que Angelo Coronel. Vamos lá, tudo bem, ele é mais forte que Angelo Coronel no tempo de eleição, mas ele não vai dar mais voto para Jerônimo do que Angelo Coronel, certo? O Coronel será eleito da mesma forma, senador, que Rui Costa. No primeiro momento, você tem a leitura que Rui Costa é mais forte, mas é mais forte para eleição de senador, Coronel também é fortíssimo para eleição, eleição de senador. Então não acrescenta nada. É trocar seis por meia dúzia, certo? E com o perigo de que eventualmente, por insatisfação, essa meia dúzia fica seis por cinco”, afirmou o presidente de honra do MDB da Bahia.