POLÍTICA


Lídice critica Censo ao falar sobre veto de Lula a aumento de deputados

Parlamentar acredita, no entanto, que veto do presidente não deve ser derrubado

Foto: Yuri Abreu/MundoBA

A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) criticou o Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), e que acabou norteando as diretrizes para as mudanças na Câmara dos Deputados, em Brasília. Com os resultados do levantamento, a Bahia seria um dos estados a perder parlamentares.

Para evitar o cenário, a própria Casa conjuntamente com o Senado deu um aval a um Projeto de Lei que aumentaria o número de deputados. No entanto, o texto acabou sendo vetado pelo presidente Lula (PT).

Para a socialista, o Censo 2022, feito ainda durante o período da pandemia, deveria ser contestado. “Um censo contestado na justiça por diversos prefeitos, diversas prefeituras, que tem repercussão grave. Dizer que [a elevação no número de deputados] aumenta o custo, aumenta o custo, mas também mantém a representação política da população”, afirmou.

“Você pegar um estado como a Bahia, que tem a quarta população do país, pegar o Rio de Janeiro, com a segunda população do país, e retirar a representação política desses estados, porque percentualmente perdeu uma parcela da população. Mas, a Bahia continua sendo o maior do Nordeste e o Rio de Janeiro o segundo maior na representação do Brasil. Isto é um equívoco, mostra que a lei precisa ser reformulada. Esta lei que levou a esta diminuição”, completou

Sobre o veto do presidente Lula, o socialista vê como difícil a derrubada por parte da Câmara. E, ainda que o faça, Lídice crê que o Senado mantenha a decisão do petista. “Essa discussão precisava ser tratada com audiências públicas, ouvindo especialistas, cientistas políticos sobre a representação de cada Estado brasileiro, a população dos Estados e não da forma como foi votado. Agora acho difícil derrubar o veto, porque ainda que a Câmara o faça, no Senado essa proposta passou por apenas um voto de diferença. Então, acho que será difícil mudar”, analisou.