POLÍTICA


Líder do PT critica silêncio de aliados de Bolsonaro após episódio da tornozeleira

Lindbergh Farias diz que projetos ligados ao bolsonarismo perdem força no Congresso após vídeo do ex-presidente

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), criticou neste domingo (23) a ausência de manifestações de governadores e parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a divulgação de um vídeo da Polícia Federal em que Bolsonaro admite ter danificado a tornozeleira eletrônica momentos antes de sua prisão preventiva.

Nas redes sociais, o petista afirmou que o episódio enfraquece a articulação de projetos defendidos por bolsonaristas no Congresso, como o PL da Anistia. Segundo ele, a repercussão do caso “desmoraliza completamente” a pauta.

Lindbergh também questionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela falta de posicionamento público. “Alô, Tarcísio! Estamos esperando um pronunciamento seu, Tarcísio. Governadores de direita e Tarcísio, vocês disseram que Bolsonaro era uma vítima, que estava sofrendo perseguição. Só que depois do vídeo, em que ele admite que usou o ferro de soldar para romper a tornozeleira, vocês estão em silêncio. É um silêncio ensurdecedor, uma defensiva política gigantesca”, declarou.

O deputado ainda criticou falas de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que sugeriu em entrevista à CNN que investigados pelos atos de 8 de janeiro deixassem o país. Lindbergh mencionou a aproximação do parlamentar com representantes de países como Emirados Árabes e Bahrein, após a divulgação de uma foto ao lado do sheik bareinita Khaled bin Hamad Al-Khalifa.

Para o petista, o caso da tornozeleira exige esclarecimentos. “Eu não sei qual era o plano, mas o fato é que alguém que rompeu a tornozeleira eletrônica claramente queria fugir. E podia ter um plano de ir para alguma embaixada. Tinha uma lógica. Tem que ter explicação. Quem estava com o Bolsonaro na casa dele? Eu sei que tinha um irmão dele e um assessor, mas que assessor é esse? Isso tem que ser investigado”, afirmou o deputado.

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