POLÍTICA


Líder do governo nega rebelião contra Bruno e diz que pauta na Câmara passa por ajustes

Vereador Kiki Bispo (União Brasil) afirmou que alterações em plano de carreira de professores e pedidos de empréstimo devem ser votados nesta semana

Foto: Eduardo Costa/ MundoBA

 

O líder do governo na Câmara de Vereadores, Kiki Bispo (União Brasil), negou nesta segunda-feira (15) a existência de uma “rebelião” na Casa para atrasar a votação de projetos enviados pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil). Entre os alvos do suposto boicote estariam a matéria que trata do plano de carreira dos professores da rede municipal, o PL 175/2024, que altera dispositivos do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) de Salvador) e da Louos (Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo), além de dois pedidos de empréstimos que somam R$ 1,2 bilhão.

A expectativa é que haja acordo entre as bancadas para que parte das proposições entre na ordem do dia, segundo Kiki.

“Não existe rebelião. Estamos na expectativa aí, fazendo alguns ajustes. Primeiro, da ordem do dia, dos projetos dos vereadores. São mais de 60 projetos dos vereadores. Então isso requer um tempo, organização e, sobretudo, o crivo das comissões, tanto da CCJ como de Orçamento”, afirmou o vereador durante um evento no Porto de Salvador.

De acordo com o governista, há possibilidade de o plano de carreira dos docentes ser votado na quarta (16). “Hoje à tarde teremos uma reunião também com a APLB [Sindicato], com os gestores da educação e da Semge [Secretaria de gestão]. Isso foi o pedido dos líderes partidários para que o projeto dos professores pudesse, de fato, ser consolidado, ratificado pelas duas instituições, e que a Câmara tivesse a segurança jurídica de poder votar esse projeto.”

Acredito eu, com essa convalidação do projeto dos professores, também ele estaria apto para poder votar na ordem do dia, porque foi um condicionante no fim da greve que tivemos aí no mês de maio, e a Câmara precisa fazer essa votação para que essa questão seja vencida definitivamente”, disse Kiki.

Na última terça (9), véspera de o PL 175/2024 ser apreciado no plenário, o Ministério Público da Bahia recomendou sua retirada da pauta por considerar a votação prematura.

Assinado pela promotora Hortênsia Pinho, o documento afirma que o projeto foi concebido sem o devido planejamento, estudos técnicos e a participação popular necessária.