POLÍTICA


Líder do governo descarta desgaste de Jorge Messias no Senado para vaga no STF

Jaques Wagner afirma que votação apertada de Gonet não sinaliza resistência ao AGU e diz que contextos são distintos

Foto: Alessandro Dantas/ PT no Senado

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta segunda-feira (17) que não vê qualquer desgaste de Jorge Messias, advogado-geral da União, entre os senadores caso seu nome seja indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o cenário é diferente da recente recondução apertada do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

“A eleição do Gonet é muito diferente da eleição do Messias. Na eleição do Gonet havia um grupo forte de oposição a ele pelo fato de ele ter feito a denúncia contra o ex-presidente da República. Então, era óbvio que eles iam puxar”, disse Wagner após a cerimônia de entrega do Plano Nacional da Cultura (PNC), no Palácio do Planalto. O PGR foi aprovado por 45 votos a 26, apenas quatro acima do mínimo necessário.

Para o senador, a votação não deve ser interpretada como recado contra o AGU. “No caso do Messias, eu não vejo ele arestado com nenhum segmento do Senado. Sinceramente, não vejo”, afirmou. Parte da base temia que o resultado apertado acendesse um sinal de alerta sobre a futura sabatina, mas Wagner sustenta que se tratam de contextos distintos.

O parlamentar também comentou a possibilidade de Lula se reunir nos próximos dias com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), outro nome cogitado para a vaga no STF. Segundo ele, o encontro ainda não aconteceu por incompatibilidade de agendas, mas deve ocorrer esta semana. Wagner reforçou, porém, que Messias segue como favorito e que Lula deseja que Pacheco dispute o governo de Minas Gerais em 2026.