POLÍTICA


João Roma diz que Bolsonaro tem sofrido perseguição sistemática

"O Brasil precisa seguir em paz e harmonia e, infelizmente, não é isso que a gente tem percebido no nosso judiciário", afirmou o presidente do PL na Bahia

Foto: Max Haack

 

O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou nesta segunda-feira (24) que acompanha com indignação a decretação da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “O maior presidente da história do Brasil, preso sem uma acusação de corrupção sequer”, destacou Roma, apontando ainda que não esperava uma apreciação distinta da decisão do ministro Alexandre de Moraes pelos demais integrantes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão preventiva do ex-presidente foi mantida por unanimidade. Durante entrevista à rádio Sociedade, João Roma reiterou a defesa do PL à aprovação da Anistia.

“Bolsonaro tem sofrido um processo de perseguição sistemática em cima dele e de sua família, sem piedade, com requintes de crueldade, passando por todo tipo de tortura psicológica. Lamento muito que isso sirva para estar dividindo brasileiros, esgarçando sentimentos. O Brasil precisa seguir em paz e harmonia e, infelizmente, não é isso que a gente tem percebido no nosso judiciário, especialmente na Corte Suprema que deveria fazer valer a Constituição, harmonizar o povo brasileiro, mas tem agido com todo o passionalismo, com crueldade, num processo claramente que não é um processo judicial, mas sim um processo de vingança”, declarou.

Ao ser questionado sobre a declaração do ex-presidente de que teve um surto por conta do uso de medicamentos, Roma garantiu: “o que eu sei é que o presidente Bolsonaro é um homem que fala a verdade. Durante todo o período que eu convivi com ele como seu ministro, ele é extremamente transparente, até muitas vezes para o seu próprio prejuízo, mas ele sequer consegue ficar em silêncio perante algum assunto, ele é um homem extremamente transparente e verdadeiro”.

Sobre o atual estado de saúde do presidente, Roma afirmou não ter conhecimento devido ao tempo sem poder visitá-lo. Roma citou o quadro de soluços e vômitos que o ex-presidente tem sentido e classificou como “tortura psicológica” o tratamento dado a Jair Bolsonaro.

“Ele está vivendo, como eu disse, uma grande tortura psicológica”, denunciou Roma ao reiterar que Jair Bolsonaro não causou danos ao erário nem está envolvido em processos de corrupção. “Esse homem já estava em prisão domiciliar, com tornozeleira, vivendo todo tipo de agruras, mas um ministro de forma muito cruel já escolheu a sala dele na Papuda, fica todo momento com deboches, antecipando decisões, coagindo as pessoas, utilizando todo tipo de arma”, disse o dirigente do PL na Bahia.

O presidente do PL na Bahia disse ainda que a sigla tem defendido de forma muito clara a anistia, não só favorável ao presidente Bolsonaro, mas a todos que foram acusados na chamada ação do golpe. “Continuamos defendendo a tese de harmonizar o Brasil porque tudo isso é muito ruim, isso divide, isso acirra ânimos, e você começa a desconfiar realmente de fatos que ficam mascarando outros episódios da política, oscilações de uso de imagem do presidente para lá e para cá”, comentou Roma, recordando que a prisão de Bolsonaro ocorre no mesmo período do fracasso da COP30 e da publicização do esquema do Banco Master que pode atingir membros de alto escalão do Judiciário e Executivo nacionais.

“São muitos artifícios que você observa hoje: um judiciário eivado de posições ideológicas, muitas vezes até de externa esquerda, posições político-partidárias. Um tribunal que se você observar direito, não fica atrás do tribunal montado por Hugo Chávez na Venezuela. Por conta desse cenário na Corte, Roma disse que não esperava outra decisão senão a manutenção da prisão de Jair Bolsonaro. Com base nessa composição que existe hoje nessa Primeira Turma, existe alguma chance de sair alguma decisão que seja favorável ao presidente Bolsonaro?”, questionou do ex-ministro da Cidadania.