POLÍTICA


Jerônimo repudia tarifa dos EUA e anuncia reuniões para avaliar impactos na Bahia

Governador atribuiu a taxação do governo Donald Trump a pressões da extrema direita brasileira

Foto: Joá Souza/GOVBA

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reagiu sobre a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros nesta quarta-feira (30). Em publicação nas redes sociais, ele criticou a decisão do presidente Donald Trump e afirmou que a medida ameaça investimentos e contratos já feitos entre os dois países.

“A tarifa imposta pelos EUA é uma medida unilateral que afeta contratos, investimentos e prejudica a relação entre nossos países”, escreveu na rede social X.

Para Jerônimo, a decisão foi influenciada por pressões feitas pelos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Acreditamos que essa decisão é alimentada por narrativas falsas da extrema direita brasileira e, por isso, seguiremos firmes na defesa do nosso #BrasilSoberano”, pontuou.

No entanto, apesar das críticas, ele destacou que ainda há espaço para o diálogo diplomático. “As exceções à tarifa mostram que ainda há espaço para o diálogo, e o presidente Lula tem reafirmado essa disposição. Mas a soberania do Brasil não se negocia”, ponderou o petista.

“Na Bahia, seguimos ao lado do governo federal, em diálogo com os setores produtivos, buscando novos mercados e alternativas para proteger quem trabalha e produz”, concluiu a nota.

Governador anuncia reuniões com setor empresarial

Além do posicionamento, Jerônimo também anunciou que vai realizar uma série de encontros para discutir os impactos da medida norte-americana. Na próxima segunda-feira (4), ele vai se reunir com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), com quem já havia criado um grupo de trabalho. Na terça (5) e na quarta (6), estará em Brasília para encontros com o Consórcio Nordeste e com o Governo Federal.

O objetivo é adotar medidas em conjunto para minimizar os impactos das tarifas e garantir proteção à empresas e trabalhadores dos setores envolvidos.

“Os governadores do Nordeste irão discutir numa assembleia para levar até o presidente Lula o nosso olhar e as nossas decisões. Nosso desejo é que a gente consiga chegar em um status onde o diálogo diplomático possa acontecer”, explicou o governador.