POLÍTICA


Jerônimo diz que aliados de ACM Neto suspeitos de ligação com PCC têm que ir para as ‘grades’

Governador criticou 'jejum de palavras' do ex-prefeito sobre investigação que mira Antônio Rueda e Ciro Nogueira, presidentes do União Brasil e do PP, respectivamente

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que aliados de ACM Neto (União Brasil) investigados por uma suposta ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) estariam influenciando ações do crime organizado. O petista também cobrou posicionamento do ex-prefeito de Salvador sobre o caso, que envolve Antônio Rueda e Ciro Nogueira, presidentes do União Brasil e do PP, respectivamente.

“Chega um momento que é questão de polícia É justiça e polícia. Eu não vi o ex-prefeito. Ele está fazendo aquele jejum das palavras, é impressionante. Ele, que sempre cobrou ética na política, cobrou da gente uma segurança pública que desse conta da paz na Bahia, o partido dele e os deputados dele estão influenciando uma decisão das ações do crime organizado na Bahia”, disse Jerônimo.

O governador disse esperar que a Justiça bote os envolvidos nas “grades” e devolvam possíveis desvios ao erário. “Não é possível que a gente possa ver as emendas sendo tratadas dessa forma. É inadmissível isso”.

Na quinta (16), o prefeito Bruno Reis saiu em defesa de Antônio Rueda, alvo da Polícia Federal sob suspeita de ser dono oculto de jatos executivos usados por integrantes do PCC infiltrados em um esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Rueda nega a acusação.

No fim do mês passado, ACM Neto negou qualquer articulação para blindar o correligionário das apurações da PF.

O presidente do PP, Ciro Nogueira, é investigado por supostamente ter recebido em seu gabinete dinheiro vivo enviado por Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, apontados pela Operação Carbono Oculto como líderes do esquema criminoso. Ambos estão foragidos da Justiça.

Ciro Nogueira também nega envolvimento com a facção criminosa.

Em agosto, PP e o União Brasil formalizaram uma federação e passaram a ter a maior bancada na Câmara dos Deputados.