POLÍTICA


Jerônimo critica deputados do PT que votaram a favor da PEC da Blindagem: ‘A meu ver, é equivocado’

Governador disse não compreender posição de correligionários e afirmou que decisão poderá pesar nas eleições de 2026

Foto: Wuiga Rubini/GOVBA

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), teceu críticas aos deputados federais do PT que apoiaram a PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados. A votação, ocorrida na última quarta-feira (17), surpreendeu aliados já que a proposta tem sido defendida sobretudo pelo Centrão e pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Doze parlamentares petistas votaram a favor da medida: Paulo Guedes (PT-MG), Odair Cunha (PT-MG), Merlong Solano (PT-PI), Leonardo Monteiro (PT-MG), Kiko Celeguim (PT-SP), Jilmar Tatto (PT-SP), Florentino Neto (PT-PI), Flávio Nogueira (PT-PI), Dr. Francisco (PT-PI), Dilvanda Faro (PT-PA), Alfredinho (PT-SP) e Airton Faleiro (PT-PA).

Durante agenda em Salvador nesta segunda-feira (22), Jerônimo disse não compreender a posição adotada pelos correligionários. “Eu não concordo com os deputados do PT que fizeram isso de outros estados. O alinhamento é um só. Eu não sei o que passou na cabeça dos deputados do Partido dos Trabalhadores que fizeram esse voto. A meu ver, é equivocado”, declarou.

O governador reforçou que os votos de parlamentares não devem ser encarados como escolhas individuais. “Na verdade, esses votos quando acontecem no Congresso não devem ser um voto particular, até porque ele não teria o voto dele se não fosse aqueles que votaram neles”, afirmou, lembrando da insatisfação dos eleitores.

Para o petista, a decisão pode impactar o futuro político desses parlamentares. “A sociedade brasileira vai botar na mesa quem fez o equilíbrio. Então, eu me balizo sobre a atitude inicial”, acrescentou.

Ele ainda comentou sobre os pedidos de desculpas feitos pelos deputados Gabriel Nunes (PSD) e Mário Negromonte Jr. (PP), que se retrataram após votarem favoravelmente à PEC. “A gente tem a grandeza de dizer: ‘Vacilei, bora aqui ajudar a gente a barrar o processo no Senado e evitar qualquer possibilidade de aprovação da anistia naquelas casas”, concluiu.