POLÍTICA


Jaques Wagner critica IBGE ao falar sobre aumento de cadeiras na Câmara dos Deputados

Senador foi questionado ainda, na manhã desta sexta-feira (23), sobre a possibilidade de abrir da sua reeleição à favor a unidade do seu grupo político

Foto: Yuri Abreu/MundoBA

 

O senador Jaques Wagner (PT-BA) criticou o Censo realizado em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao ser perguntando, pelo MundoBA, acerca do Projeto de Lei aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados que pode aumentar o número de cadeiras na Casa Legislativa.

O petista, na manhã desta sexta-feira (23), participou do anúncio investimentos de R$ 1,5 bilhão do Governo Federal para os portos de Aratu e Ilhéus, aqui na Bahia, feito pelo ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Rui Costa (Casa Civil), além do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Os recursos fazem parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Para o Porto de Aratu, estão previstos R$ 1,3 bilhão destinados à ampliação e modernização de terminais de granéis sólidos e vegetais, além da construção de um novo píer para embarcações de líquidos com mais de 215 metros de comprimento. Já no Porto de Ilhéus, serão investidos R$ 130 milhões para a reativação do Moinho de Trigo, com expectativa de geração de receita operacional de R$ 229 milhões em até cinco anos.

“O problema desse projeto é porque houve um censo do IBGE, o último. Na minha opinião, não foi um censo bem feito. Não quero criticar o pessoal do IBGE, mas nós estávamos com o problema de Covid, depois não houve o orçamento suficiente para fazer direito, então criou-se uma série de problemas. Com o novo censo, o TSE foi calcular e botou, por exemplo, a Bahia a perder, se não me engano, três ou quatro parlamentares, enquanto outros estados ganhariam”, afirmou Wagner.

“Então, qual o problema? Uma medida como essa, evidentemente, incomoda todos os estados que vão perder. E, portanto, todos se juntaram para, pelo menos, manter [o mesmo número de deputados]. Eu, pessoalmente, acho que era mais razoável, em vez de aumentar, não fazer essa mudança até ter um novo censo que pudesse dar mais segurança para essa divisão. Querendo ou não, a proporcionalidade dos estados, ela é a representação do povo brasileiro. Então não dá pra ficar mexendo toda hora, na minha opinião”, afirmou o parlamentar.

Mudança na majoritária?

Também em coletiva de imprensa, Jaques Wagner foi questionado se ele poderia abrir mão da sua candidatura à reeleição ao Senado, em 2026, em nome da unidade do grupo político o qual faz parte – isso significaria que a chapa poderia ser composta por Angelo Coronel (PSD) e Rui Costa (PT).

Ele afirmou que, pelo menos por enquanto, não está cogitando a possibilidade. A unidade vai ser construída sem essa necessidade. “Eu acho que as pessoas têm que aguardar um pouco. Eu falei de uma hipótese quando eu apresentei. Por quê? O ministro Rui ficou até o final, como eu fiquei até o final. Portanto, é de direito dele reivindicar uma vaga agora no Senado. Tem dois já sentados na base, eu e o coronel. Vamos fazer essa discussão mais adiante, mas eu, por enquanto, não estou abrindo mão de nada”.