POLÍTICA


Jaques Wagner compara ‘baderna’ de bolsonaristas no Congresso aos atos golpistas de 8/1

Líder do governo no Senado afirmou que decisão do STF de impor prisão domiciliar ao ex-presidente deve ser respeitada

Foto: Rafael Nunes/Senado

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), classificou como “baderna” o motim bolsonarista no Congresso em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele comparou o episódio aos ataques golpistas de 8 de Janeiro e afirmou que a decisão do ministro de Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi proferida por um poder autônomo e, por isso, deve ser respeitada.

“A oposição vai continuar fazendo seu papel no Congresso, e isso é normal. O que não é normal é a baderna, a mesma engenharia dos ataques do 8 de janeiro”, disse o senador, em entrevista à rádio Serra Dourada FM, de Ipirá.

“Acredito que o mais importante agora é voltarmos à normalidade dos trabalhos, pois há muita matéria importante para ser votada”, afirmou.

Na Câmara, o protesto inviabilizou o funcionamento do plenário por 30 horas. A intenção dos bolsonaristas era pressionar as cúpulas da Casa e do Senado a pautarem a anistia a Bolsonaro e aos participantes do 8/1, além do impeachment de Moraes, que decretou a prisão preventiva do ex-presidente.

Na entrevista, Jaques Wagner também criticou a movimentação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para que os Estados Unidos imponham retaliações a Moraes e a outros ministros do STF.

O senador baiano chamou de “traição à pátria” a fuga do filho do ex-presidente para articular sanções o governo Donald Trump contra o Brasil. “Não somos quintal de ninguém. A nossa bandeira é verde e amarela e deve ser respeitada”, disse Wagner.