POLÍTICA


Hugo Motta diz que não mudará atuação na Câmara diante de ameaças de sanção dos EUA

Presidente da Casa afirma que seguirá com foco institucional, mesmo com possibilidade de ser incluído na Lei Magnitsky

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não alterará a conduta ou decisões no comando da Casa, mesmo diante da possibilidade de ser alvo de sanções internacionais, como a Lei Magnitsky, aplicada recentemente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, na quinta-feira (7), Motta foi questionado se teme represálias por parte do governo dos Estados Unidos. “Nós não podemos vincular nossa atuação política a esta ou aquela argumentação, a este ou aquele risco. Temos que fazer o que é certo, o que é correto. Nada nos tirará desse foco, desse objetivo. Tenho, portanto, muita tranquilidade quanto à minha atuação”, garantiu.

O parlamentar paraibano assegurou que a atuação institucional seguirá conforme o regimento da Câmara e dentro dos limites constitucionais. “Vamos seguir atuando da mesma maneira: não haverá mudança na nossa forma de agir, nem na maneira de decidir o que é importante para a Casa. Estou cumprindo o regimento, a Constituição e buscando dar institucionalidade e força à Câmara para decidir sobre tantos temas”, disse.

Sobre a possibilidade de pautar o projeto que propõe anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o presidente da Câmara disse não ter preconceito com temas polêmicos, mas reforçou que a análise depende do “ambiente político” da Casa. “As propostas avançam na Câmara sem imposição, sem chantagem. Isso não é instrumento que a democracia nos permite conviver”, finalizou Hugo Motta.