POLÍTICA


Vídeo: Flávio Bolsonaro diz que Brasil não tem poder de barganha com Trump: ‘Evitar que caiam duas bombas atômicas’

Senador, em entrevista, defendeu ainda anistia "ampla, geral e irrestrita"

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o Brasil não tem “poder de barganha” para negociar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Para ele, o país deve aceitar as condições impostas pelo governo norte-americano para evitar impactos ainda maiores na economia.

“O presidente Trump não vai parar por aí e nós não temos escolha. Não aceitar as tarifas propostas só vai postergar o tempo de sofrimento com taxas altamente elevadas que, sem dúvida alguma, vão ter um impacto gigantesco na nossa economia”, disse o senador em entrevista à CNN Brasil.

Na ocasião, o liberal comparou a atual situação econômica à do Japão na Segunda Guerra Mundial, em alusão aos bombardeios nucleares sofridos por Hiroshima e Nagasaki (veja vídeo abaixo). “Essa situação tem que ser encarada como uma negociação de guerra, sim, em que nós não estamos em condições normais de exigir nada do Trump. Ele vai fazer o que quiser, independentemente da nossa vontade. Cabe a nós termos a responsabilidade de evitar que caiam duas bombas atômicas aqui no Brasil para depois anunciarmos que vamos fazer anistia.”

Anistia

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender a aprovação de uma anistia ampla, geral e irrestrita, que beneficiaria alvos de investigações relacionadas à tentativa de golpe após as eleições de 2022 — incluindo o pai. Segundo ele, a resistência à medida parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Hoje, o Congresso só não aprova essa grande anistia porque há uma pressão de alguns ministros do Supremo, ameaças, na verdade, de declará-la inconstitucional em caso de aprovação”, afirmou. “A bola neste momento está com o Supremo”, disse.

O senador fez um “apelo” ao STF para que “pare de ameaçar o Congresso” e permita que o Legislativo aprove a medida. Segundo ele, a anistia pode ser aprovada já na próxima semana, caso o impasse com o Judiciário seja superado.