POLÍTICA


EUA estudam estender sanções a Alexandre de Moraes a empresa da família

Lex Instituto de Estudos Jurídicos, de propriedade da mulher e filhos do ministro do STF, possui 11 imóveis avaliados em R$ 12,4 milhões; aliados de Bolsonaro pressionam por ampliação das sanções

Foto: Gustavo Moreno/STF

Os Estados Unidos discutem estender as sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa da sua mulher e de seus filhos.

Segundo informações divulgadas pela jornalista Malu Gaspar, no O Globo, o instituto detém de 11 imóveis cujos valores declarados somam R$ 12,4 milhões, incluindo a residência de Moraes em São Paulo, a sede do escritório de sua mulher, a advogada Viviane Barci de Moraes, e apartamentos em Campos do Jordão (SP).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, cobram que as sanções de Moraes sejam ampliadas. Eles estão nos EUA em uma campanha contra o Supremo e o julgamento de Jair Bolsonaro. Os dois tiveram nos últimos dias conversas com secretários e diplomatas da gestão Trump na Casa Branca e no Departamento de Estado.

Após conhecer um levantamento feito pela administração Trump sobre os imóveis da empresa, membros do Departamento de Estado passaram a acreditar que ela funciona como uma holding de fachada, usada para esconder patrimônios de milhões de reais.

De acordo com as informações divulgadas, além do apartamento no bairro nobre do Jardim Europa, em São Paulo, e da sede do escritório Barci de Moraes, onde Viviane é sócia-administradora, o Lex possui dois apartamentos em Campos do Jordão e várias outras propriedades no estado.

Até o ano passado, a empresa também era proprietária de um apartamento de 387 metros quadrados em um condomínio de alto padrão no Guarujá (SP), o Tortugas, que tinha vaga para barcos. No entanto, esse imóvel foi vendido por R$ 1,26 milhão, de acordo com o registro no cartório, e a vaga por R$ 140 mil.