POLÍTICA


‘Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem são perseguidos políticos’, diz João Roma

Ele afirma que, ao não denunciar a perseguição a membros do parlamento, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados tomou como normal a desarmonia entre os poderes

Foto: Max Haack/Divulgação

 

O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, declarou, nesta sexta-feira (19), que a cassação dos mandatos dos deputados federais Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem representa a consolidação de uma injustiça que agora apresenta efeitos diretos no parlamento. “Ao decretar a cassação dos mandatos, a Câmara escolhe ignorar que estamos diante de uma grave quadro de perseguição político e judicial”, criticou Roma.

“Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem não estão fora do Brasil por opção ou desejo. O sistema judiciário persegue o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores e os condena a duras penas a despeito de as provas mostrarem a inocência e a ausência de atos que configurem uma tentativa de golpe de estado. Não estamos em normalidade democrática”, disse Roma.

O dirigente do PL diz que, ao não denunciar a perseguição a membros do parlamento, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados tomou como normal a desarmonia entre os poderes. “O arbítrio não pode ser chamado de justiça. Condenações sem o respeito ao direito de defesa transformam o discurso de defesa da democracia em farsa. O ataque ao parlamento, com a conivência da atual Mesa Diretora, é um golpe de morte contra a democracia. Nenhuma democracia se sustenta com um parlamento enfraquecido”, afirmou Roma.

Ao citar o caso de Eduardo Bolsonaro, Roma pontuou que a esquerda e membros do PT, durante governos aos quais fizeram oposição, fizeram campanhas no exterior contra governos democraticamente eleitos. “Era um direito do PT, do Lula, ir ao exterior e atacar os governos de Temer, FHC e de Bolsonaro até mesmo contanto mentiras como o próprio Lula já admitiu que fazia. O Eduardo foi aos Estados Unidos denunciar o arbítrio em nosso país, o desrespeito ao devido processo legal. Eduardo não conta mentiras no exterior e paga um preço elevado pela ação em prol do Brasil”, disse Roma.

Ao citar sobre a perseguição contra adversários do PT, ex-ministro lembrou da operação contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), um dia após o vice-líder do governo Lula no Senado ser alvo da Polícia Federal na investigação contra descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS. “Soa como perseguição e tentativa de intimidação”, declarou.