POLÍTICA


Eduardo Bolsonaro condiciona fim de tarifa dos EUA a anistia ampla no Brasil: ‘Bem-vindos à Brazuela’

Deputado diz que negociações com os Estados Unidos não devem avançar sem recuo do governo brasileiro

Foto: Joyce N. Boghosian/Casa Branca

 

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (11), que qualquer negociação sobre a tarifa comercial de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre o Brasil deve ser condicionada a uma “anistia ampla, geral e irrestrita”.

“Qualquer tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia será interpretado como mais um acordo caracu [expressão popular usada quando apenas um dos lados da parceria sai prejudicado], pois isso já foi exaustivamente tentado no passado —e os americanos também já conhecem essas histórias”, escreveu nas redes sociais, nesta sexta-feira (11).

Na publicação, Eduardo também comentou do risco que a suspensão da taxação, que ele chama de “Tarifa-Moraes”, pode trazer ao Brasil, como o risco de se tornar uma “Brazuela’, em referência à ditadura venezuelana.

“Não dá para pedir ao Presidente Trump – e nenhuma autoridade internacional minimamente decente – para tratar uma ditadura como se fosse uma democracia. Ou há uma anistia ampla, geral e irrestrita para começar ou bem vindos à ‘Brazuela’”, afirmou em uma rede social.

“O único fato em favor da liberdade nos últimos anos foi a ação forte de Donald Trump, antes disso foi só censura, prisões e regulamentação das redes sociais – e acordos caracu. Não mais”, acrescentou.