POLÍTICA


Diego Coronel diz que Motta pediu ‘serenidade’ na análise de denúncias contra deputados

Deputado federal Diego Coronel (PSD-BA) ocupa o cargo de corregedor da Câmara dos Deputados

Foto: Cláudio Araújo/Agência Câmara

O corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD-BA), afirmou que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou “serenidade” e a não politização na análise das denúncias contra 14 parlamentares que participaram da ocupação do plenário na semana passada.

Segundo Coronel, o pedido foi feito durante um almoço “tranquilo e amistoso” entre os dois. “Ele pediu para que o regimento fosse respeitado, dando prazo para o contraditório e que o caso não fosse politizado”, declarou ele, na terça-feira (12).

A ocupação do plenário durou mais de 30 horas e foi realizada por deputados de oposição, em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e para pressionar a análise de propostas específicas. De acordo com Coronel, Motta também ressaltou a necessidade de um julgamento imparcial, mas com a gravidade que o episódio exige.

As queixas contra os parlamentares — do PL, PP e Novo — chegaram à Corregedoria na segunda-feira (11). Pelo rito sumário, criado na gestão de Arthur Lira (PP-AL), o corregedor tem 48 horas para se manifestar sobre pedidos de suspensão imediata, antes mesmo da conclusão do julgamento no Conselho de Ética.

Caso Coronel não apresente parecer no prazo, a Mesa Diretora pode decidir sozinha se há elementos para acionar o Conselho. O prazo máximo para a Mesa pedir a punição é de cinco dias úteis após o conhecimento do fato — neste caso, até sexta-feira (15).

O corregedor afirmou que pretende entregar à cúpula da Câmara, até quarta-feira (13), os pareceres dos processos, mas admitiu que alguns casos mais complexos podem exigir mais tempo, embora não haja previsão regimental para prorrogação.