Deputado rebate críticas sobre empréstimos de Jerônimo: ‘A oposição não prioriza o povo baiano’

Líder do PP diz que denúncias são precipitadas, questiona capacidade técnica dos oposicionistas e defende que créditos financiam obras e serviços essenciais no estado

Publicado em 29/11/2025 às 11h00.

Por Redação

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

O líder do PP na Assembleia Legislativa, deputado Niltinho, respondeu às críticas da oposição sobre os empréstimos feitos pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). O parlamentar definiu o posicionamento oposicionista como “equivocado”.

“O equívoco oposicionista já começa no volume de recursos bem acima do que foi liberado, omitindo convenientemente o indispensável trâmite e regras à concessão da linha de crédito. Esquecem de antes de querer imputar irregularidades nas operações da Bahia, deviam dar uma olhada nos governos que lhe são aliados”, disse o líder do PP na Alba.

Niltinho definiu a mobilização da oposição como “apressada” e afirmou que a denúncia apresentada ao Tribunal de Contas do Estado como “infundada”.

“Será que a oposição se mobilizou com base apenas em uma investigação apressada de um site para a sua denúncia infundada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre os empréstimos do governo? Nos quadros oposicionistas, não há um especialista em finanças públicas para analisar a questão com mais acuidade?”, argumentou o deputado.

O parlamentar utilizou como exemplo que, em 2024, o estado de São Paulo tinha em operações de crédito garantidas pela União R$ 43 bilhões e o Rio de Janeiro, R$ 32,9 bilhões, mesmo com 202% de endividamento, superando o limite máximo previsto pelo Senado, segundo o Siconfi/Tesouro Nacional.

“Se o limite é de 200% da relação entre dívida e receita, a Bahia está em 33% muito abaixo do teto e habilitada a requerer os empréstimos garantidos pela União. Ao contrário do sensacionalismo da oposição, foram contratadas, desde 2023, 18 operações de créditos num total de R$9,01 bilhões, dos quais ainda faltam ser liberados R$3,7 bilhões.”

“A oposição não prioriza os interesses do povo baiano, insistem numa política voltada só para os amigos. Não querem saber que os empréstimos reforçam a pauta de obras e ações estruturantes em áreas estratégicas como saúde, segurança, educação e infraestrutura, gerando melhor qualidade de vida, estímulo à economia, empregos, renda e maior capacidade de atrair novos investimentos privados”, disse Niltinho.

Denúncia da oposição

Na última sexta-feira (28), a oposição apresentou na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), por meio de seu líder, Tiago Correia (PSDB), uma denúncia no Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) e no Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitando investigação sobre a quantidade de empréstimos contratados pelo governo baiano. O documento conta com a assinatura de outros 18 deputados.

“Os fatos narrados evidenciam um cenário grave e crescente de endividamento sem transparência, possível desperdício de recursos públicos e prática potencial de desvio de finalidade, justificando plenamente a atuação dos órgãos de controle”, afirma Tiago Correia.

Foto: Divulgação/ALBA

Posicionamento de Jerônimo sobre empréstimos

O governador Jerônimo Rodrigues encaminhou na última terça-feira (25) um novo pedido de autorização de empréstimo à Alba, feito ao Banco do Brasil, por R$650 milhões. Somente em novembro, esse é o terceiro pedido de crédito enviado ao Legislativo, acumulando R$2,9 bilhões no mês. Assim como nos pedidos anteriores, o governo solicitou urgência na tramitação, o que reduz o tempo de análise dos deputados.

Foto: Eduardo Costa/MundoBA

Na quarta-feira (26), em coletiva de imprensa, o gestor estadual minimizou as críticas.

“Prefeitos que se isolam não têm condições de acessar recursos. E, às vezes, nem isso é suficiente. Por isso, é preciso que tanto os empréstimos tomados pelos municípios quanto pelo Estado possam ser bem aplicados….Deputados estaduais, federais e senadores são eleitos para fiscalizar, fazer leis, mas também para destinar emendas e pegar na mão dos prefeitos”, argumentou o petista.

POLÍTICA

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