POLÍTICA


Deputado questiona justificativa de Rosemberg para secretaria da Ponte Salvador-Itaparica

Para Alan Sanches, criação da pasta exclusiva trará apenas custos desnecessários ao Estado

Foto: Divulgação/Assessoria/Lucas Franco/MundoBA

 

Vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Alan Sanches (União Brasil) contestou a justificativa apresentada por Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Alba, de que a criação da Secretaria da Ponte Salvador-Itaparica poderia se basear em modelo semelhante ao da Ponte Rio-Niterói. Em entrevista ao MundoBA, o parlamentar listou secretarias já existentes, como a Seinfra, Casa Civil e Sedur, que poderiam assumir o acompanhamento da ponte, sem criar nova estrutura, evitando sobrecarga no orçamento estadual.

“Quando você cria uma secretaria, você não cria só o cargo de secretário, você vai ter o cargo de alguém que vai ficar no lugar dele, que será o subsecretário, nós teremos alguns assessores especiais… Ou seja, é um volume de recurso que a gente precisa estar muito atento”, afirmou.

Alan reforçou o argumento financeiro do governo estadual. “Haja visto que ele já tomou 23 bilhões de reais, então significa que, se tomou empréstimo, é porque está sem dinheiro. E você, ao invés de fazer o dever de casa, que é o enxugamento das suas despesas, está criando mais uma, e que no momento é completamente desnecessária, visto que temos diversas outras secretarias que poderiam estar fazendo esse acompanhamento. Além das três secretarias que eu falei, poderia ser acompanhada pela Conder também, que é ligada à Sedur”.

Questionado se o argumento de Rosemberg pode ser uma estratégia política, Alan Sanches confirma e avalia que essa movimentação é feita para “ludibriar” a população. “Mais uma vez ele tenta ludibriar com as justificativas que não são justificadas. Como eu falei, não há menor necessidade da criação de uma outra pasta, haja visto um governo já inchado que poderia muito bem assumir a realização dessa tarefa. Então, é mais um engordo deles, uma forma de tentarem dizer que estão fazendo alguma coisa, mas, a gente não precisa de papel pra dizer que tá fazendo alguma coisa, a gente precisa da data que vai começar o trabalho na ponte. É o que a gente precisa saber”, ressaltou o deputado.