POLÍTICA


Deputado ironiza viagem de ACM Neto à China e critica legado na saúde de Salvador

Rosemberg chama ex-prefeito de “blogueirinho” e diz que gestão deixou capital com pior cobertura de atenção básica entre as capitais brasileiras

Foto: Agência Alba

 

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) ironizou a viagem de ACM Neto (União Brasil) à China, classificando o compromisso como “turismo político” disfarçado de missão oficial. “A viagem de ACM Neto à China é só mais um convescote de blogueirinho, um feriadão disfarçado de missão oficial”, declarou. O parlamentar criticou ainda o legado do ex-prefeito, afirmando que Salvador “ainda paga o preço do abandono das políticas básicas de saúde”.

Segundo Rosemberg, durante os oito anos de gestão de ACM Neto, a capital baiana teve a menor cobertura de atenção básica entre todas as capitais do país, apenas 18%, enquanto a média nacional era de 64% e a Bahia chegava a 72%, conforme dados do Ministério da Saúde. Ele acrescentou que, mesmo com a administração de Bruno Reis, sucessor de Neto, “a realidade pouco mudou”, citando as longas filas nas unidades municipais de saúde e a falta de resultados concretos nas promessas de expansão da rede.

O parlamentar afirmou que o déficit na atenção básica provoca a superlotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que acabam absorvendo casos simples. “O caos na atenção básica se reflete na superlotação das UPAs. Quando a prefeitura falha na porta de entrada, todo o sistema é impactado. O Governo do Estado teve de ampliar investimentos para minimizar o problema e garantir o mínimo de atendimento à população”, disse.

Em tom de provocação, ele comparou a situação de Salvador à da China, onde, segundo ele, a cobertura da atenção primária ultrapassa 95%. “Por que ele não toma umas aulas?”, ironizou. Rosemberg também comentou o comportamento do ex-prefeito nas redes sociais: “Curioso é que, nos vídeos de blogueirinho que grava, ele evita até pronunciar a palavra ‘China’. Parece medo de desagradar o chefe inelegível e os amiguinhos da extrema-direita”