POLÍTICA


Deputado critica gestão de Jerônimo após relatório do TCE revelar aumento de 213% na espera da regulação

Documento apontou um salto do tempo médio de 1,5 para 4,7 dias; especialidades chegam a mais de 10 dias de espera

Foto: Lucas Franco/MundoBA

 

O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Alan Sanches (UB), teceu críticas ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT) após um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) apontar aumento de 213% no tempo médio de espera na fila da regulação. Segundo o documento, a média de 1,5 dia registrada em 2019 saltou para 4,7 dias em 2024, com especialidades como cirurgia torácica ultrapassando 10 dias de espera.

Para Sanches, o governo não cumpriu as promessas feitas à população. “Durante a campanha eleitoral o governador prometeu zerar a fila da regulação. Não apenas não cumpriu, como a situação ficou ainda pior. O que era ruim ficou pior”, afirmou. O parlamentar também criticou a parceria entre o Estado e o governo federal, que, segundo ele, não conseguiu reverter a crise na saúde pública.

Ele lembra que, há meses, vem denunciando o colapso na regulação e o atraso no pagamento de médicos e profissionais de saúde em unidades hospitalares administradas pelo Estado. “A situação na fila da regulação chega a ser desumana, o Governo do Estado teve todas as oportunidades, os recursos necessários para resolver esse problema, mas não fez. Não adianta apenas construir hospitais, tem que ter gestão eficiente e levar os serviços para resolver os problemas das pessoas de cada região. É preciso decentralizar a saúde”, apontou.

O deputado também critica a concentração de procedimentos em Salvador, o que, segundo ele, deixa pacientes do interior sem assistência adequada. Entre as medidas defendidas, está a realização de mutirões para reduzir a demanda reprimida.

Sanches ainda destacou o aumento do orçamento estadual e os empréstimos elevados contratados ao longo dos últimos anos. “O Governo do Estado já pediu R$ 26 bilhões em empréstimos, mas eles não produziram nenhum efeito prático para melhorar a vida das pessoas. Nunca se tomou tanto dinheiro emprestado e nunca o serviço funcionou tão mal”, completou.