POLÍTICA


Deputado cobra ACM Neto por ‘equívocos’ de relator ligado a Tarcísio no PL Antifacção

Robinson Almeida (PT lembrou que Derrite tentou limitar a autonomia da PF ao propor mecanismos que subordinariam sua atuação às polícias estaduais

Foto: Assessoria/Robinson Almeida

 

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) cobrou ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) que se manifeste sobre o que classificou como “equívocos” do relator do PL Antifacção, o deputado Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — nome defendido por Neto como seu candidato à Presidência. Segundo Almeida, as alterações sugeridas por Derrite deformariam o projeto e criariam um “monstrengo” que enfraqueceria a Polícia Federal.

De acordo com o petista, o relator tentou limitar a autonomia da PF ao propor mecanismos que subordinariam sua atuação às polícias estaduais, indo na contramão da lógica de investigações interestaduais e transnacionais necessárias ao enfrentamento do crime organizado. Para Almeida, as propostas revelam despreparo e desconhecimento do funcionamento da segurança pública.

Ele também afirmou que não é possível dissociar as ações de Derrite do apoio político de ACM Neto a Tarcísio, já que o secretário integra o núcleo da área de segurança do governador paulista. “Se o secretário de segurança do seu presidenciável produz um absurdo desses, Neto mostra que está mais perdido que cego em tiroteio”, criticou.

Almeida perguntou se ACM Neto endossa a linha adotada por Derrite ou se pretende se afastar do que chamou de “aloprações” que fragilizariam instituições federais. Para o deputado, o episódio expõe incoerências no discurso do ex-prefeito sobre segurança pública e exige que ele tenha “coragem e clareza” para rejeitar propostas que, em vez de fortalecer, comprometeriam o trabalho da Polícia Federal no combate às facções.