POLÍTICA


Deputado baiano diz que operação contra Bolsonaro é ‘atentado institucional’

"A atuação do ministro Alexandre de Moraes já extrapolou todos os limites do aceitável, configurando uma ameaça direta às liberdades civis e à normalidade democrática no Brasil"

Foto: Assessoria/deputado Capitão Alden

 

O deputado federal baiano Capitão Alden (PL) disse ao MundoBA que é um “atentado constitucional” a operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL), defalgrada na manhã desta sexta-feira (18), que, entre outras restrições, impõe ao ex-presidente da República o uso de tornozeleira eletrônica. Para o deputado, a “perseguição política” contra Bolsonaro se dá por causa de sua força que o torna capaz de derrotar o presidente Lula na disputa pela Presidência da República em 2026, quando o petista tenetará se reeleger.

“Esta ação conduzida pela PF, a mando da ‘Justiça’, representa uma clara tentativa do jogo político, pois ele é o único candidato capaz de enfrentar e derrotar o descondenado Lula. Além do atentado institucional, é impossível ignorar a dimensão humanitária dessa decisão. Bolsonaro é um homem idoso, com graves problemas de saúde, que não representa qualquer risco de fuga, está colaborando e se fazendo presente a todos os atos do processo, e portanto, não caberia qualquer medida restritiva de liberdade ou de acesso às redes sociais”, disse Alden ao MundoBA.

O deputado baiano vê prejuízo para os brasileiros ainda na relação diplomática e comercial com os Estados Unidos, citando a tarifação de 50% dos EUA sobre toda a importação que o Brasil fizer. “A operação ocorre num momento em que o Brasil já enfrenta uma crise diplomática e comercial com os Estados Unidos, agravando ainda mais a deterioração da imagem internacional do país. Essa escalada autoritária, sem qualquer freio institucional, coloca o Brasil na contramão das democracias modernas e fragiliza a segurança jurídica, a liberdade de expressão e os pilares republicanos.”

Capitão Alden critica a postura de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pede ajuda a organizações internacionais para frear os “desmandos” do ministro.

“É urgente que os organismos internacionais de defesa dos direitos humanos, da democracia e do Estado de Direito se manifestem diante dos abusos que se acumulam. A atuação do ministro Alexandre de Moraes já extrapolou todos os limites do aceitável, configurando uma ameaça direta às liberdades civis e à normalidade democrática no Brasil. Condutas como esta apenas acentuam a percepção de que há em curso uma perseguição política contra aqueles que se contrapõem ao atual governo, que por sua vez continua se calando diante da corrupção, do aumento da violência e do desmantelamento das instituições enquanto promove a proteção de seus aliados e perpetua práticas antidemocráticas.”