POLÍTICA


Defesa de Binho Galinha acusa CCJ de violar Constituição e pede soltura imediata do deputado

Advogado do parlamentar alega que comissão vai exercer “função anômala”

Foto: Reprodução/Instagram/binho.galinha

 

A defesa do deputado estadual Binho Galinha (PRD) acusou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia de violar a Carta Magna e pediu a soltura imediata do parlamentar, preso preventivamente sob acusação de liderar uma milícia. O colegiado começou a analisar o caso nesta quarta-feira (8) e deverá emitir um parecer sobre a prisão em até 72 horas.

“Fico atônito quando vejo cada vez mais criarem pseudoteorias para violar direitos fundamentais”, afirmou Gammil Foppel, advogado de Binho Galinha.

“Neste momento essa CCJ vai exercer uma dessas funções que são anômalas, que é a função de julgar. Tenho certeza, considerando a tradição de acertos desta Casa, que outra alternativa não restará que não seja determinar a suspensão deste anormal decreto de prisão”, disse o defensor.

Binho Galinha é réu pelos crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. As investigações apontaram que o deputado lavava dinheiro por meio de empresas e vendia peças de carro roubadas em uma loja de sua propriedade. Somente em 2023, foram identificadas transações suspeitas que chegavam a R$ 3,9 milhões.

Ele foi preso na tarde da última sexta-feira (3), após se apresentar na sede do Ministério Público da Bahia, em Feira de Santana (109 km de Salvador).