POLÍTICA


CPMI do INSS encerra ano com depoimento de dirigente da Amar Brasil

Américo Monte Júnior compareceu amparado por habeas corpus do STF; comissão aprovou novas convocações

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

A CPMI do INSS ouviu nesta quinta-feira (4), o presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), Américo Monte Júnior, investigado por suspeita de cobranças indevidas em benefícios previdenciários. Américo compareceu à sessão, mas não respondeu às perguntas dos parlamentares, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do STF, medida criticada pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que voltou a acusar interferência do Judiciário nos trabalhos do colegiado.

Mais cedo, a comissão rejeitou pedidos de convocação do ministro-chefe da AGU e indicado ao STF, Jorge Messias; de Fábio Luís Lula da Silva; da presidente do Palmeiras, Leila Pereira; e de representantes dos bancos Santander, C6 e PicPay. Também foi derrubada a solicitação de quebra de sigilo da Zema Crédito.

A CPMI, porém, aprovou as convocações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, ambos citados em reclamações e investigações envolvendo descontos não autorizados em benefícios e irregularidades em operações de crédito consignado.

A sessão estava prevista para começar com o depoimento de Silas da Costa Vaz, secretário da Conafer, que apresentou atestado médico alegando dengue. O dirigente foi chamado após relatório da CGU apontar que mais de 97% dos entrevistados negaram ter autorizado cobranças aplicadas em seus benefícios e quase 96% afirmaram não ter vínculo com as entidades responsáveis pelos descontos.