POLÍTICA


Celso Amorim viaja para Rússia e participa de reuniões bilaterais

Ex-chanceler foi autorizado pelo presidente Lula a deixar o Brasil

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

Menos de três semanas depois de integrar a comitiva de Lula que foi a Moscou para a cerimônia de celebração dos 80 anos do Dia da Vitória na 2ª Guerra Mundial, Celso Amorim está de volta à capital da Rússia.

De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o ex-chanceler foi autorizado pelo presidente a deixar o Brasil para participar, nesta semana, da 13ª Reunião Internacional de Altos Representantes Responsáveis por Assuntos de Segurança, que conta com delegações de mais de 100 países — entre eles Coreia do Norte, China e Irã.

Apesar de a liberação da viagem ter sido registrada no Diário Oficial da União da última quinta-feira, os compromissos não constam na agenda oficial do chefe da Assessoria Especial de Lula.

Procurada pela publicação, a assessoria de Amorim informou que ele teve nesta quarta-feira (28) uma reunião bilateral com Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, e vai se encontrar com Ali Akbar Ahmadian, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.

Na quinta-feira (29), o diplomata brasileiro ainda terá outras bilaterais, que estão em confirmação, e irá a Istambul, onde se reunirá com o embaixador Akif Kılıç, sua contraparte na Turquia.

O fórum em Moscou foi aberto nesta quarta com uma mensagem de boas vindas de Vladimir Putin. O presidente russo disse que os convidados poderiam esperar uma programação substancial, com “a discussão principal dedicada aos prospectos de estabelecer uma nova arquitetura de segurança global”, que segundo ele deve ser “igualitária e indivisível”.

Putin, no entanto, não citou a guerra na Ucrânia, que já dura mais de três anos e teve o maior ataque russo com drones no começo desta semana — que levou Donald Trump a chamá-lo de “completamente LOUCO”.

O anfitrião disse estar convencido que a reunião “contribuirá para o desenvolvimento de novas e importantes abordagens ao fortalecimento da paz e da estabilidade internacional, e ajudará a avançar o diálogo para beneficiar todos os países e povos”.