POLÍTICA


Carlos Muniz nega pressão de Bruno Reis e diz que oposição ‘não quer estudar’ projetos

Presidente da Câmara de Salvador rebate críticas da oposição e afirma que não há interferência do Executivo nas votações

Foto: Divulgação/Assessoria Carlos Muniz

O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), rebateu as críticas feitas pela oposição sobre uma possível pressão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) para que o Legislativo aprovasse as propostas enviadas pelo Executivo com rapidez.

De acordo com o parlamentar, “se os vereadores não têm conhecimento do projeto, é porque eles não querem estudar”.

“Se nós fizéssemos como é feito na ALBA, que o projeto chega de um dia votado no outro, eu até aceitaria essa crítica. Mas aqui não. Tem projetos que passam 60 dias. Se esses projetos, os vereadores não têm conhecimento, é porque eles não querem estudar”, afirmou Muniz.

Uma das parlamentares mais críticas ao fluxo de propostas enviadas por Bruno à câmara é a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), que chegou a criticar o fluxo de pautas enviadas. “Está interferindo, sim, na medida em que manda um pacotão de matérias complexas, de vez, para serem aprovadas em regime de urgência, contando com a esmagadora maioria que tem na Casa”.

Muniz classificou a crítica como “infundada”. “Essa crítica para mim é infundada. Se você, em 60 dias, não puder estudar um projeto, é algo inexplicável. Agora, se ela não consegue vencer num voto, a culpa não é minha. Eu acho que ela pode ficar zangada por não ter voto suficiente para derrubar o projeto. Aí ela tem que pedir o voto pessoalmente a cada um dos vereadores para que isso aconteça. A culpa não é minha”.

O presidente da Casa negou que o Executivo faça qualquer pressão para a votação de projetos. “O Executivo não se envolve em nada disso, porque nunca me pressionou para que votasse no projeto. Se fizesse isso, eu não aceitaria, porque eu não aceito interferência nenhuma, nem do Executivo, nem de ninguém aqui na casa”.