POLÍTICA


APLB age por influência política, diz Bruno após quebra de acordo sobre reajuste de professores

Prefeito de Salvador criticou sindicato por pedir adiamento de votação prevista para quarta (24), na Câmara de Vereadores

Foto: Eduardo Costa/ MundoBA

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou nesta quinta-feira (25) que a APLB Sindicato age por questões partidárias ao recuar do novo acordo de reajuste salarial dos professores da rede municipal de Salvador. A votação do plano de carreira do magistério estava prevista para esta quarta-feira (24), mas foi retirada de pauta após rejeição de emendas consideradas fundamentais para a categoria. 

“O acordo está aí assinado, distribuído para todos, após a oposição concordar e da anuência da Câmara, com emendas que nós apontamos. Não há justificativa. Se há esse descumprimento é por parte da APLB estadual, por influência política ou partidária”, disse Bruno Reis no Palácio Thomé de Souza, pouco antes da divulgação da programação do Natal no Centro Histórico.

Segundo Rui Oliveira, presidente da APLB, a decisão de suspender a votação do plano foi motivada por “falta de transparência”.

Para Bruno Reis, o tratamento do sindicato com a prefeitura é “diferente” ao dispensado ao governo do Estado. “O presidente da APLB estadual em nenhum momento participou das negociações de um projeto que já foi encaminhado à Câmara há quase dois meses. Depois, chega e pede para não votar, dizendo que não haveria acordo. O que nós nos comprometemos está totalmente cumprido”, afirmou Bruno Reis.

“Se não há um cumprimento de acordo, é por parte da APLB estadual, que já levou esse ano para uma greve irresponsável de 73 dias, sem qualquer justificativa”, reiterou o prefeito.

Na terça (23), o secretário municipal de Educação, Thiago Dantas, disse ter expectativa que o acordo firmado com APLB-Sindicato fosse suficiente para evitar uma nova greve.

De acordo com Dantas, o plano estabelece gratificações, novos fluxos de quadro de vagas que visam permitir níveis de promoções dos docentes, entre outros pontos.

Em maio deste ano, os professores da rede municipal deflagraram uma paralisação que durou 74 dias em reação ao aumento salarial aprovado pelo Legislativo.

Declarado ilegal pela Justiça, o movimento reivindicava o pagamento integral do piso nacional do magistério e apontava manobra de vereadores governistas para que a gestão Bruno Reis incorporasse gratificações fixas ao salário-base dos profissionais.