POLÍTICA


‘Bruno Reis deveria dialogar em vez de buscar palanque’, diz deputado

Zé Neto defende que segurança pública é responsabilidade compartilhada e acusa o prefeito de usar crise em São Marcos para fazer política

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Eduardo Costa/MundoBA/Edição MundoBA

 

O deputado federal Zé Neto (PT) rebateu as declarações do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que responsabilizou o governo estadual pela crise de segurança em São Marcos. Para o parlamentar, a fala do gestor municipal revela mais interesse em capitalizar politicamente a situação do que em buscar soluções concretas.

Zé Neto lembrou que a violência é um problema nacional e que, apesar dos desafios enfrentados pela Bahia, o estado conseguiu evitar a expansão das facções criminosas em comparação a outros locais do país. “A maioria das ocorrências são entre eles próprios disputando espaço. Agora, é claro que nós temos que enfrentar isso. O que não dá é para uma cidade do tamanho de Salvador, o prefeito se aproveitar de problemas que são de ordem pública, onde ele também tem sua parcela de contribuição, e agir como se não tivesse nenhuma responsabilidade”, disse o parlamentar em entrevista ao MundoBA.

O deputado destacou ainda que a segurança não se resume apenas à atuação da polícia militar, mas envolve infraestrutura urbana, iluminação pública e políticas sociais, áreas em que a prefeitura também tem papel fundamental. Para ele, a postura de Bruno Reis foi equivocada ao transformar o tema em disputa política em vez de se colocar como parceiro no enfrentamento do problema. 

“Seria mais oportuno se meu amigo Bruno, que foi deputado junto comigo, deixasse um pouco o palanque e buscasse conversar para colaborar no enfrentamento das dificuldades da segurança pública em Salvador. Bruno Reis não deve entrar como militante de bandeira política em uma situação de crise. Sempre encontrou um governo aberto demais para o diálogo com ele. Tanto é melhor conversar na mesa do que procurar manchete de sites para fazer política”, completou.