POLÍTICA


Bolsonaro é liberado de hospital após 5 horas; exames apontam quadro de gastrite e esofagite

Ex-presidente também terá que seguir com tratamento da hipertensão arterial, do quadro de refluxo

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi liberado neste sábado (16) do hospital DF Star, em Brasília, após quase cinco horas de exames. Bolsonaro chegou ao local às 9h e foi liberado às 13h58. A informação é do jornal O Globo.

De acordo com boletim médico, os procedimentos mostraram uma persistência de esofagite e gastrite, além de “imagem residual” de infecções pulmonares recentes.

“Os exames evidenciaram imagem residual de duas infecções pulmonares recentes possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração. A endoscopia mostrou persistência da esofagite e da gastrite, agora menos intensa, porém com a necessidade de tratamento medicamentoso contínuo”, diz o texto.

O ex-presidente também terá que seguir com tratamento da hipertensão arterial, do quadro de refluxo.

Bolsonaro está em prisão domiciliar, por decisão de Moraes. O ministro considerou que houve “reiterado descumprimento de medidas cautelares”. Uma das obrigações que tinha sido imposta pelo ministro, em decisão anterior, era a de proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.

Segundo aliados e familiares que estiveram com ele nos últimos dias, o ex-chefe do Palácio do Planalto voltou a apresentar crises de soluços e episódios de dispneia (falta de ar) nos últimos dias. O quadro clínico é atribuído a uma esofagite provocada pelo procedimento realizado no abdômen, em abril.

De acordo com um dos médicos que acompanha a saúde de Bolsonaro, ele apresentou dificuldades para completar frases na última quarta-feira por causa da falta de ar. Segundo o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a situação de saúde do pai apresentou piora nos últimos dias.

Nos últimos dias, ele recebeu visitas de aliados, como os deputados Junio Amaral, Luciano Zucco e Marcelo Moraes, além do empresário Renato Araújo e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

Apesar dos contratempos em relação à saúde, os relatos são de melhora em relação ao humor do ex-presidente. Na semana anterior, Bolsonaro e apresentou oscilações de temperamento e aliado contaram que ele chegou a chorar ao comentar a impossibilidade de manter contato com o seu filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro.