POLÍTICA


Bancada baiana se divide na votação do PL da Dosimetria no Senado

Enquanto Wagner e Otto rejeitaram o projeto, Ângelo Coronel optou pela abstenção

Fotos: Roque de Sá, Marcos Oliveira e Edilson Rodrigues/Agência Senado

Os três senadores baianos tiveram posições diferentes na votação do PL da Dosimetria, realizada na quarta-feira (17). A proposta pode reduzir as penas dos presos de 8 de Janeiro e beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), e o senador Otto Alencar (PSD), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), votaram contra o projeto. Já Ângelo Coronel (PSD), se absteve do voto, não se posicionando nem contra, nem a favor do texto.

Apesar de terem votado contra, Wagner e Otto tiveram papel central para destravar a tramitação do projeto no Senado, o que provocou forte desgaste interno na base governista.

Nos bastidores, o petista articulou um acordo de procedimento com o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), permitindo que o texto fosse levado à votação ainda neste ano, sem obstrução por parte do governo.

Já Otto, mesmo criticando a proposta, não autorizou o adiamento da votação na CCJ. Ele restringiu o prazo para pedidos de vista e viabilizou a rápida apreciação do parecer.

O senador do PSD foi convencido por Wagner a alterar a estratégia inicial, que previa o adiamento da análise para 2026, movimento defendido por parte da base governista e que acabou frustrado.