POLÍTICA


AtlasIntel/Bloomberg: Aprovação de Lula recua e desaprovação chega a 51%

Levantamento mostra esgotamento da trajetória de recuperação do petista iniciada em junho

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira (28) indica que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cair após dois meses de recuperação. Conforme os números, o índice recuou 2,3 pontos porcentuais, passando de 50,2% em julho para 47,9% em agosto. A desaprovação, por outro lado, atingiu 51%.

Segundo o levantamento, a rejeição a Lula é mais forte entre evangélicos (70,6%), pessoas de 25 a 34 anos (66%), moradores da região Sul (61,2%), eleitores com renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (60,2%), quem concluiu apenas o Ensino Médio (58,1%) e entre homens (56,6%).

Na avaliação do governo, a soma de ruim e péssimo cresceu três pontos em relação ao mês passado, chegando a 51,2%. Ao mesmo tempo, a parcela que considera a gestão ótima ou boa caiu para 43,7%, enquanto os que classificam como regular permaneceram em 5,1%. O movimento sugere um esgotamento da aproximação entre aprovação e desaprovação observada desde junho.

Comparações com o governo Bolsonaro

No comparativo com o governo de Jair Bolsonaro (PL), Lula mantém vantagem em áreas como direitos humanos e igualdade racial (56% a 38%), políticas sociais (56% a 38%), relações internacionais (56% a 43%) e saúde (53% a 38%). O petista, no entanto, é visto como pior que seu antecessor em segurança pública (44% contra 41%), responsabilidade fiscal (46% a 44%) e impostos (48% a 46%).

Entre as medidas mais bem avaliadas da atual gestão estão a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil mensais (85%), a gratuidade de todos os itens do programa Farmácia Popular (84%) e a retirada de garimpeiros de terras indígenas e ambientais (80%). Já as decisões mais criticadas são a taxação de compras internacionais até US$ 50 (60%), a tentativa de fiscalização de transações via Pix acima de R$ 5 mil por mês (55%) e o aumento do IOF (50%).

O levantamento ouviu 6.238 pessoas entre os dias 20 e 25 de agosto, de forma online e aleatória. A margem de erro é de um ponto percentual, com nível de confiança de 95%.