POLÍTICA


‘Após 16 anos, agora vai’, ironiza Sanches ao criticar Seponte, que custará ao menos R$ 11,7 mi até 2027

Com 33 cargos comissionados criados, nova pasta consumirá R$ 1,4 milhão somente com folha de pessoal até dezembro deste ano

Foto: Divulgação/Assessoria

 

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) reagiu com ironia à aprovação do projeto que cria a Seponte, secretaria extraordinária que tratará da obra da ponte Salvador-Itaparica (Seponte). Idealizada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), a nova pasta custará aos cofres estaduais ao menos R$ 11,7 milhões até 2027.

Somente entre outubro e dezembro deste ano, o gasto com folha de pessoal será de R$ 1,4 milhão. Foram criados 33 cargos comissionados.

 “Após 16 anos de promessa, agora vai”, disse Sanches.

A matéria foi aprovada na terça-feira (14), com votos contrários da bancada de oposição, da qual ele é vice-líder.

“É uma vergonha que depois de 16 anos prometendo construir a ponte, o governo agora chega ao absurdo de criar uma secretaria para uma obra que nem existe. E ainda vai gastar cerca de R$ 7 milhões até o final do mandato de Jerônimo só com a criação de novos cargos. Eu só espero que não se gaste esse dinheiro todo e ao fina da gestão de Jerônimo a gente não tenha uma estaca na baía de Todos os Santos”, criticou Sanches.

Prometida pelo ex-governador Jaques Wagner (PT) em 2009, chegou em 2025 ao terceiro governador petista sem início efetivo.

De acordo com o projeto, somente entre outubro e dezembro, a Seponte vai gerar uma despesa de R$ 1,4 milhão. Em 2026, o gasto sobe para R$ 5,1 milhões, e em 2027, o orçamento passa para R$ 5,2 milhões.