POLÍTICA


Alcolumbre ignora família Bolsonaro e não vai pautar impeachment de Moraes, diz coluna

Ministro do STF é principal alvo dos ataques bolsonaristas pela condução dos inquéritos contra o ex-presidente

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

A pressão feita pela família Bolsonaro para que a cúpula do Congresso avance com pautas como o impeachment de ministros do Supremo e a anistia ao 8 de Janeiro não deve surtir efeito, segundo coluna de Carla Araújo, colunista do portal UOL.

No fim da semana passada, Eduardo e Flávio Bolsonaro subiram o tom contra Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente. Eduardo disse que os dois podem ser sancionados pelo governo norte-americano, como já aconteceu com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que tiveram vistos suspensos ao país.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que Alcolumbre tem “obrigação” de dar seguimento ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos ataques bolsonaristas pela condução dos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alcolumbre e Motta não quiseram responder. A interlocutores, afirmaram que qualquer tipo de comentário daria o “palco” que Eduardo quer. Na semana passada, Motta já havia contrariado o desejo da família Bolsonaro ao impedir a realizações de comissões durante o recesso parlamentar e também não dá sinais de que colocará a anistia em pauta.

No caso de Alcolumbre, que, como presidente do Senado, é quem decide sobre a abertura ou não de um processo de impeachment, a posição contra a pauta bolsonarista é ainda mais clara. “Só vai criar mais conflitos”, costuma dizer.

“Um processo de impeachment de um ministro do STF num país dividido vai causar problema para 200 milhões de brasileiros. Não é a solução”, afirmou o presidente do Senado em fevereiro