POLÍTICA


Alcolumbre diz ter 60 votos contra Messias e ameaça sessão relâmpago para barrá-lo no STF

Presidente do Senado sinalizou possibilidade de encurtar tempo de votação para evitar que indicado de Lula obtenha apoios necessários

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou a aliados que teria até 60 votos para barrar a indicação de Jorge Messias ao STF e indicou que poderia encurtar a votação no plenário para impedir que o governo reúna o apoio mínimo necessário para aprová-lo.

O movimento amplia a pressão de Alcolumbre contra o escolhido de Lula. O senador faz campanha aberta pela indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga na corte.

Senadores ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo dizem acreditar que os 60 votos mencionados pelo senador do Amapá são um exagero —e que ele pode estar querendo vender caro o seu apoio—, mas reconhecem haver maioria contra Messias.

A dois aliados, Alcolumbre afirmou que o governo terá que “apostar uma corrida” para ver quem serão os primeiros 41 senadores a registrarem o voto no plenário porque encerrará a votação pouco depois do quórum ser atingido. A postura seria diferente da verificada na aprovação de autoridades na semana passada, quando ele esperou que mais de 70 senadores votassem antes de proclamar o resultado.

O indicado pelo presidente da República para o cargo de ministro do STF precisa do voto favorável de 41 dos 81 senadores para ser aprovado, a maioria absoluta do plenário. Qualquer placar abaixo disso levará à rejeição do nome, algo que não ocorre desde o fim do século 19, quando cinco escolhidos pelo ex-presidente Floriano Peixoto foram derrotados.