MARAGOGIPE


Vice-prefeito faz apelo ao MP-BA sobre risco de colapso em píer usado por estudantes e ribeirinhos

Segundo o Dr. Adhemar, a estrutura é utilizada diariamente por mais de 60 crianças que atravessam de lancha para estudar

Foto: Divulgação/Assessoria

 

O vice-prefeito de Maragogipe, Dr. Adhemar, fez um alerta nesta quarta-feira (17), durante o lançamento do projeto “MP a Bordo – Travessia Legal e Segura”, sobre as condições críticas do píer de embarque do município. Segundo ele, a estrutura, que é utilizada diariamente por moradores da zona ribeirinha e por mais de 60 crianças que atravessam de lancha para estudar, está em ruínas.

“Essa é uma tragédia anunciada, porque aquele píer vai cair por falta de manutenção”, disse.

Dr. Adhemar revelou que, há cerca de cinco anos, foi firmado um convênio com o Governo do Estado para reforma da estrutura, inicialmente orçada em R$ 5 milhões. No entanto, uma vistoria técnica feita pela empresa vencedora da licitação elevou o custo para R$ 25 milhões, após constatar que a parte inferior do píer estava totalmente destruída, com pilares corroídos há mais de uma década. “O Governo já esteve lá, mas nada foi feito. A população ribeirinha desembarca e embarca todos os dias naquele local”, acrescentou.

O apelo do vice-prefeito foi feito diante de autoridades como o procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, além de representantes da Agerba, Procon, Codecon, Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros e de diversas prefeituras da Bahia. “Faço um apelo para que o Ministério Público vá a Maragogipe ver o que estou dizendo. Se essa tragédia acontecer, todos vão lembrar desse alerta”, disse.

O evento marcou o início do projeto “MP a Bordo – Travessia Legal e Segura”, que tem como objetivo mapear o sistema de transporte hidroviário de passageiros na Bahia e promover ações fiscalizatórias, preventivas e corretivas. A promotora de Justiça Thelma Leal, responsável pela iniciativa, destacou que o transporte por água no estado tem sido prestado de forma precária, sem segurança e estrutura básica. Em muitos locais, embarques e desembarques ocorrem sem qualquer tipo de cobertura, sinalização, acessibilidade ou equipamentos de segurança.

A proposta do MP é diagnosticar a situação real de terminais, operadores, embarcações, rotas, tarifas e legislação vigente. A partir desse levantamento, o órgão pretende mobilizar os entes públicos responsáveis para garantir melhorias estruturais e legais.