BOA VISTA DO TUPIM


Vereadores denunciam prefeito ao MPF e TCM por suposto desvio de recursos

Parlamentares ainda apontam indícios de peculato e improbidade administrativo contra Sávio Bulcão dos Santos

Foto: Divulgação/Assessoria

 

Quatro vereadores de Boa Vista do Tupim, no interior da Bahia, encaminharam uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) contra o prefeito do município, Sávio Bulcão dos Santos (PSDB), por suposto desvio de recursos nas secretarias da Saúde e Educação.

Os edis Thaina Sampaio Almeida, Gilvan Sampaio de Almeida, José Francisco Correia Neto e Vitor Trabuco Meira, ainda apontam indícios de peculato e improbidade administrativa, com envolvimento da empresa contratada Souza Sucatão LTDA ME.

Segundo a denúncia, a Prefeitura celebrou contrato com a empresa para fornecimento de peças automotivas destinadas à manutenção de veículos das secretarias de Saúde, Educação e da frota geral. Contudo, durante uma fiscalização realizada pelos vereadores no dia 5 de agosto de 2025, foi constatado que os veículos que supostamente receberam as peças estão sucateados, sem pneus e totalmente inoperantes, na garagem municipal.

Entre os casos citados, está uma ambulância que teria sido usada para justificar pagamentos de cerca de R$ 30 mil entre fevereiro e junho, embora se encontre abandonada. Um veículo modelo Doblô, com simulação de compra de quatro pneus no valor de R$ 5.369,36, também foi encontrado depenado. Em outro exemplo, dois carros da marca Fiat Uno teriam sido usados para justificar a compra de 75 pneus em apenas dois meses, totalizando mais de R$ 22 mil, o que os vereadores consideram impossível de se justificar.

De acordo com os políticos, os pagamentos à empresa entre 2023 e 2025 somam mais de meio milhão de reais, sendo parte significativa oriunda dos orçamentos da saúde e educação. Eles afirmam que se trata de um esquema recorrente, com uso de notas fiscais frias para simular compras e justificar os repasses de dinheiro público.

Na representação, os edis pedem a abertura de inquérito criminal, a quebra de sigilo fiscal e bancário do prefeito, a perícia nos veículos, além da decretação de indisponibilidade dos bens dos envolvidos. Os documentos anexados à denúncia incluem notas fiscais, processos de pagamento e imagens dos veículos.

Em sua redes sociais, o prefeito Savinho negou as acusações e as classificou como infundadas.