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Venezuela recruta 5,6 mil novos soldados em meio a tensões com os Estados Unidos

Maduro reforça discurso contra “ameaça imperialista” após envio de frota militar americana ao Caribe

Foto: Divulgação/ Casa Branca e Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

As Forças Armadas da Venezuela incorporaram, neste sábado (6), 5.600 novos soldados em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos. O governo de Nicolás Maduro afirma que o reforço é uma resposta direta à presença militar americana no Caribe, após Washington enviar, em agosto, uma frota que inclui o maior porta-aviões do mundo.

Durante a cerimônia realizada no Forte Tiuna, em Caracas, oficiais destacaram que os novos integrantes são “combatentes revolucionários” e “profundamente chavistas”. O governo venezuelano defende que as tropas ampliadas fazem parte de um plano de preparação contra o que classifica como “ameaças ilegais e arbitrárias” dos EUA.

Maduro, que considera as Forças Armadas a base de sustentação do seu governo, voltou a negar as acusações americanas de que lideraria o suposto Cartel de los Soles. Segundo Washington, operações recentes no Caribe e no Pacífico resultaram na morte de 87 suspeitos de narcotráfico desde setembro.

O presidente venezuelano atribui a movimentação militar dos EUA a uma tentativa de derrubá-lo e tomar as reservas de petróleo do país. Ele convocou militares, policiais e reservistas, que, segundo o governo, somam cerca de oito milhões, a manterem um “plano de ofensiva permanente”.

Atualmente, as Forças Armadas venezuelanas contam oficialmente com cerca de 200 mil militares e outros 200 mil policiais.