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‘Olá, Alexandre’: Após EUA restringir visto a autoridades estrangeiras, ex-assessor de Trump marca Moraes nas redes

Medida pode afetar o ministro do STF Alexandre de Moraes, segundo empresários ligados a Trump

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom

 

Os Estados Unidos anunciaram uma nova política de restrição de vistos para autoridades estrangeiras consideradas cúmplices em atos de censura a cidadãos americanos. A medida, anunciada pelo secretário de Estado Marco Rubio, destaca a América Latina como uma das regiões sob foco. Entre as personalidades que podem ser afetadas está Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. A informação foi compartilhada nas redes sociais por Jason Miller, ex-assessor de Donald Trump, que mencionou diretamente o ministro brasileiro.

Jason Miller, que esteve no Brasil anteriormente e foi interrogado em um inquérito sob o comando de Moraes, usou a rede social X para compartilhar o anúncio do governo americano. A postura das autoridades americanas, como expressa por Rubio, é de não tolerar violações à soberania dos EUA, especialmente aquelas que comprometam a liberdade de expressão. O Departamento de Estado americano baseia suas restrições na Lei de Imigração e Nacionalidade, que permite vetar a entrada de estrangeiros que possam impactar negativamente a política externa do país.

O caso de Alexandre de Moraes não é isolado. Deputados como Eduardo Bolsonaro, que também enfrenta investigações no Brasil, têm buscado apoio nos EUA para sanções contra autoridades brasileiras. Cory Mills, deputado americano e aliado de Trump, declarou preocupações sobre um retrocesso nos direitos humanos no Brasil, citando a possibilidade de Jair Bolsonaro se tornar um preso político. Rubio ainda citou a Lei Global Magnitsky, que permite sanções contra estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção.

Essas movimentações ocorrem em meio a tensões políticas entre autoridades brasileiras e americanas. A Justiça brasileira, sob a liderança de Moraes em certos inquéritos, tem conduzido investigações que divergem das expectativas americanas. O g1 informa que o cenário atual revela um contexto de crescente complexidade nas relações diplomáticas entre os dois países, com implicações significativas para figuras políticas de destaque.