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Netanyahu diz que Israel continuará ofensiva em Gaza mesmo que Hamas concorde com cessar-fogo

Primeiro-ministro de Israel quer desarmar o Hamas e mudar o futuro da região, mesmo diante de apelos internacionais por trégua

Foto: Reprodução/Canva Images

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a ofensiva militar na Faixa de Gaza continuará, mesmo que o grupo Hamas aceite um acordo de cessar-fogo de última hora. A afirmação foi feita em entrevista à Sky News Austrália, destacando que está ‘prestes a completar a guerra’. Netanyahu ressaltou que o objetivo é libertar reféns, desarmar o Hamas e dar um futuro diferente aos palestinos.

Em meio ao avanço das tropas israelenses na Cidade de Gaza, o premiê enfatizou a importância de eliminar o Hamas para garantir uma paz duradoura para israelenses e palestinos. Segundo ele, é necessário libertar Gaza da ‘tirania do Hamas’ e promover um futuro seguro para ambas as nações. Netanyahu também criticou a decisão da Austrália de reconhecer o Estado palestino, dirigindo palavras duras ao primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

O Exército israelense iniciou a operação para tomar a Cidade de Gaza, a mais populosa do território, como parte de um plano maior aprovado no início de agosto. A operação envolve uma ampla ofensiva terrestre, com tanques e soldados, e já controla os arredores da cidade. Apesar dos esforços de mediação do Egito e do Catar, o Hamas acusa Israel de desrespeitar as tentativas de cessar-fogo, considerando o avanço um ‘desrespeito flagrante’.

O acordo de cessar-fogo proposto prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns em troca de prisioneiros palestinos. Até o momento, Israel não respondeu à proposta. Desde o início dos conflitos, desencadeados por um ataque do Hamas em outubro de 2023, morreram mais de 61.500 palestinos, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU. A agência de notícias AFP reportou que 1.219 pessoas morreram do lado israelense desde o início da guerra.