EUA e China chegam a acordo para reduzir tarifas temporariamente
Americanos reduzirão taxas sobre itens do país asiático para 30% em pausa de 90 dias; países continuarão a negociar no período

Fotomontagem: Instagram/@xi.jinping_cn e X/@realDonaldTrump
Os Estados Unidos e a China chegaram a um consenso para reduzir temporariamente as tarifas recíprocas.
Como parte de um acordo firmado em Genebra durante o fim de semana, o governo do americano Donald Trump reduzirá de 145% para 30% as tarifas adicionais sobre produtos chineses (10% de taxa básica, mais 20% relacionados ao tráfico da droga fentanil).
O país comandado por Xi Jinping, por sua vez, diminuirá as taxas sobre importações americanas para 10% (são 125% hoje). O país asiático também disse que irá suspender ou cancelar medidas não tarifárias tomadas contra os EUA.
“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, disse o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, nesta segunda-feira (12). “Ambos temos interesse em um comércio equilibrado, os Estados Unidos continuarão avançando nessa direção.”
“Esta medida atende às expectativas de produtores e consumidores, alinhando-se com os interesses de ambas as nações e o interesse global comum”, disse o ministério do Comércio da China.
As ações globais estenderam seus ganhos após o anúncio, com os futuros do S&P 500 subindo 2,8%, e o dólar americano subindo 1,2% contra uma cesta de moedas pares. O euro, por exemplo, caiu 1% em relação à moeda americana, para US$ 1,11. O ouro, um ativo de refúgio, registra queda de 3,3%.
Bessent falou ao lado do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, após as conversas do fim de semana na Suíça, nas quais ambos os lados celebraram o progresso na redução das diferenças.
As reuniões em Genebra foram as primeiras interações presenciais entre altos funcionários econômicos dos EUA e da China desde que Donald Trump retornou ao poder e lançou uma ofensiva tarifária global, impondo taxas particularmente pesadas à China.
Desde que assumiu o cargo, em janeiro, Trump havia aumentado as tarifas pagas pelos importadores americanos para produtos da China para 145%, além daquelas que ele impôs a muitos produtos chineses durante seu primeiro mandato e das taxas aplicadas pela administração Biden.
(Com informações do jornal Folha de S. Paulo)