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China critica tarifaço contra o Brasil e acusa EUA de intimidação

Pequim condena medida de Trump como ferramenta de coerção e reforça oposição ao protecionismo americano

Foto: Reprodução/Pixabay

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou nesta sexta-feira (11) a tarifa de importação de 50% imposta aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A pasta afirmou que a medida não deve ser usads como forma de coerção ou intimidação ao Brasil.

“A igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta das Nações Unidas e normas básicas nas relações internacionais”, afirmou a porta-voz Mao Ning, em resposta a uma pergunta de jornalista sobre o impacto da medida americana contra o governo Lula (PT).

Mao foi enfática: “As tarifas não devem ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência”, reiterando o posicionamento chinês contra práticas unilaterais no comércio global.

A declaração reforça críticas anteriores de Pequim feitas no início da semana, quando Trump ameaçou diversos parceiros comerciais com aumentos tarifários. Na ocasião, Mao já havia alertado que “não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária” e que o protecionismo prejudica os interesses de todos os envolvidos.

A reação da China surge em um momento de crescente tensão comercial, com impactos diretos sobre a economia brasileira, que já sente efeitos no câmbio e teme nova pressão inflacionária em razão da instabilidade gerada pela medida americana.