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China critica bloqueio imposto por Trump à Venezuela e chama medida de ‘assédio unilateral’

Em ligação com chanceler venezuelano, governo chinês reafirma apoio a Maduro enquanto tensões com os EUA se intensificam no Caribe

Foto: Pixabay/glaborde7

 

A China reagiu publicamente, nesta quarta-feira (17), ao bloqueio anunciado pelos Estados Unidos contra petroleiros da Venezuela. Em conversa telefônica com o chanceler venezuelano Yvan Gil, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, afirmou que Pequim se opõe a “toda forma de assédio unilateral” e defendeu o respeito à soberania dos países. A declaração ocorre em meio à escalada de tensão após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que a Venezuela está “completamente cercada” por forças militares americanas.

O posicionamento chinês foi divulgado um dia depois do anúncio de Trump sobre o bloqueio total a navios petroleiros sancionados que entrem ou saiam do território venezuelano. O governo da Venezuela reagiu classificando a medida como uma “ameaça grotesca” e acusando Washington de violar o direito internacional e a livre navegação. Apesar da pressão, autoridades venezuelanas afirmam que as exportações de petróleo seguem normalmente.

Aliada estratégica do governo de Nicolás Maduro, a China reforçou o discurso de defesa da soberania nacional e se alinhou a outros parceiros do regime, como a Rússia, que também alertou para possíveis “consequências imprevisíveis” do confronto. O episódio adiciona um novo capítulo à crise diplomática e militar no Caribe, marcada por apreensões de navios, sanções econômicas e discursos cada vez mais duros entre Washington e Caracas.