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Após suspensão do tarifaço, Brasil tenta revogar sanções dos EUA contra ministros do STF

Negociações buscam retomar vistos das autoridades e fim da aplicação da Lei Magnitsky a Moraes e sua esposa

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O governo federal passou a concentrar seus esforços em revogar sanções contra ministros do STF após a suspensão da sobretaxa de 40% dos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

Autoridades do Supremo Tribunal Federal tiveram vistos para os EUA suspensos um dia após Alexandre de Moraes determinar que Jair Bolsonaro (PL) passasse a usar tornozeleira eletrônica. O ex-presidente descumpriu medidas cautelares em momento de investigação do seu envolvimento na trama golpista em 8 de janeiro de 2023.

Moraes e sua esposa também sofreram como sanção a aplicação da Lei Magnitsky. A medida prevê sanções financeiras e é considerada uma das mais severas disponíveis para Washington punir estrangeiros que considera autores de graves violações de direitos humanos e práticas de corrupção.

Por meio da Lei Magnitsky, o governo Trump determinou o congelamento de qualquer bem ou ativo de Moraes nos Estados Unidos. Também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com a pessoa sancionada. A punição inclui as bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de importação de 40% sobre determinados produtos brasileiros. Constam na lista divulgada pela Casa Branca produtos como café, chá, frutas tropicais e sucos de frutas, cacau e especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.

Lula (PT) disse que a decisão de Trump aconteceu porque o Brasil soube lidar com a pressão. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), por outro lado, afirmou que a diplomacia brasileira não teve qualquer mérito na decisão do governo americano.