MAIS NOTÍCIAS


Roblox é processado nos EUA por permitir exploração infantil

Ação acusa plataforma de ser “terreno fértil para predadores sexuais”

Foto: Divulgação

A plataforma de jogos online Roblox virou alvo de uma ação por parte da procuradora-geral da Louisiana (Estados Unidos), Liz Murrill por, segundo ela, de permitir a exploração de crianças e de ser “o lugar perfeito para pedófilos” devido à ausência de protocolos de segurança eficazes.

Conforme o jornal norte-americano The Washington Post, o processo foi apresentado na última quinta-feira (14) em um tribunal dos Estados Unidos. Segundo a acusação, ao deixar de implementar medidas básicas, como verificação de idade e autorização dos pais, a empresa “conscientemente permitiu e facilitou a exploração sexual sistemática e o abuso de crianças em todos os Estados Unidos, incluindo Louisiana”.

Murrill afirmou que a plataforma prioriza crescimento e lucro em detrimento da proteção infantil. “Todos os pais devem estar cientes do perigo claro e presente que o Roblox representa para seus filhos, para que possam evitar que o impensável aconteça em sua própria casa”, declarou. O Roblox, que tem sede na Califórnia, não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.

A ação ocorre um mês após a empresa anunciar o uso de tecnologia de estimativa de idade facial para verificar se usuários de chats privados têm mais de 13 anos. No ano passado, também ampliou controles parentais para perfis de menores. A plataforma, porém, não define idade mínima para cadastro. Segundo dados oficiais, o Roblox tem 111,8 milhões de usuários ativos por dia, sendo 36% com menos de 13 anos.

A procuradora busca uma ordem judicial que impeça o Roblox de alegar possuir recursos de segurança adequados e que o proíba de práticas consideradas enganosas pela legislação da Louisiana. “É basicamente uma temporada aberta para predadores sexuais neste aplicativo. No final das contas, acho que o Roblox deveria ser fechado”, disse Murrill em coletiva. Apesar do uso massivo por crianças e adolescentes, a ação destaca a existência de “experiências” com conteúdo sexual explícito, como Escape to Epstein Island e Public Bathroom Simulator Vibe.