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Braskem destaca a importância da economia circular no IV ESG Fórum Bahia

Companhia quer atingir 1 milhão de toneladas de produtos recicláveis comercializados até 2030

Foto: Rafael Veloso/Divulgação

 

A Braskem reforçou seu compromisso com a economia circular ao participar do painel “A Economia Circular no Brasil: Oportunidades e Desafios”, do IV ESG Fórum Bahia. Durante o evento, realizado nesta quarta-feira (04), no Porto Salvador, a gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia, Magnólia Borges, enfatizou a meta da empresa em ampliar até 2030 a comercialização de 1 milhão de toneladas de produtos com conteúdo reciclável.

“É uma meta bastante agressiva, mas estamos trabalhando forte para isso com investimentos em inovação e tecnologia. Porém, é importante que cada elo da cadeia contribua para esse processo, para viabilizar um modelo de produção e consumo mais sustentável. Precisa haver demanda para isso, hoje a reciclagem ainda tem um percentual muito baixo no Brasil”, ressalta Magnólia.

Atualmente, apenas 4% dos resíduos são reciclados no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A executiva destacou também as iniciativas da Braskem voltadas à reciclagem e à economia circular, como o Cazoolo, primeiro laboratório de desenvolvimento de embalagens para economia circular do Brasil.

Outras iniciativas mencionadas foram o programa a Oficina de Economia Circular, que capacita moradores das comunidades vizinhas às operações industriais da companhia para transformar o plástico em mosaicos artísticos e, assim, gerar renda, e a Ação Braskem de Educação Ambiental, que busca conscientizar crianças e jovens sobre a importância da reciclagem e de práticas mais sustentáveis. Já o Programa Ser+ promove consultoria, capacitação e melhorias estruturais, fortalecendo o trabalho dos catadores de resíduos.

Destinação correta – A CEO e fundadora da startup Solos, Saville Alves, que também participou do evento, ressaltou a relevância dos catadores na cadeia da reciclagem e defendeu uma maior valorização desses profissionais, citando como exemplo o Carnaval de Salvador. “É preciso dar dignidade para os catadores, tratá-los como profissionais do Carnaval, assim como Ivete Sangalo é uma profissional do Carnaval. Com crachá, fardamento, EPIs necessários para fazer o trabalho e uma geração de renda à altura da magnitude da nossa festa. O lixo pode ser um problema ou uma solução, só vai depender do que você faz com ele”, afirmou.

Outro participante do painel foi o professor e pesquisador da Universidade SENAI CIMATEC, Luiggi Cavalcanti, que alertou para o decréscimo na taxa global de circularidade, citando os dados da Circularity Gap Reporting Initiative, que evidencia o desafio de ampliar a reciclagem no país. “O relatório diagnosticou que, em matéria de economia circular, andamos para trás. Nós havíamos chegado à marca de 9% e hoje estima-se que estamos com 6.9% de circularidade global”, apontou.

O artista plástico Bel Borba também marcou presença no evento que teve mediação da jornalista e escritora Mariana Paiva. Bel afirmou que há 50 anos reutiliza materiais de obras de arte para a criação de novas peças artísticas, além de neutralizar as emissões de carbono em seu ateliê. O Fórum ESG Bahia é um projeto realizado pelo jornal Correio e em dois dias reuniu empresários, acadêmicos e artistas com o objetivo de fomentar práticas sustentáveis e incentivar a transição para um modelo de economia circular mais robusto no Brasil.