ELEIÇÕES


Deputado reage à indicação de Flávio Bolsonaro à Presidência

Lindbergh Farias vê estratégia para manter influência do clã mesmo com Bolsonaro preso

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Após a confirmação de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato ao Planalto em 2026 nesta sexta-feira (5), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ) classificou como “previsível” a tática da sigla para as eleições do próximo ano. Para o parlamentar, a decisão não surpreende e reflete uma estratégia da família para preservar protagonismo político, mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro estar impedido de disputar eleições.

“A escolha do Flávio Bolsonaro é um movimento mais do que previsível da família. Sabem que é praticamente impossível derrotar o Lula, mas querem manter o protagonismo da oposição para o futuro”, afirmou o petista em suas redes sociais.

Lindbergh avaliou ainda que uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfraqueceria diretamente o clã. “O nome do Tarcísio seria o beijo da morte para a família Bolsonaro. Os marqueteiros do Tarcísio e do Centrão iriam trabalhar para esconder e construir uma política de apagamento do Bolsonaro. Ele seria esquecido na prisão”.

Para ele, o nome do adversário em 2026 não altera o caminho do PT. “Para nós, o nome do candidato é indiferente. O Lula vai ser reeleito presidente porque a vida do povo tá mudando”, disse.

Lindbergh reforça que os indicadores econômicos explicam o cenário que, segundo ele, favorece a reeleição de Lula. “O governo Lula 3 deverá registrar o 3º maior crescimento médio do PIB desde o Plano Real, só atrás do próprio Lula. A inflação média é a menor desde o Real, temos o menor desemprego da história e já foram criados 4,8 milhões de empregos formais”, pontuou. “A renda média atingiu o maior nível da série, e a renda domiciliar per capita cresceu quase 70% desde 1995. Em 2024, o Brasil registrou a menor pobreza, a menor pobreza extrema e a menor desigualdade da história. Não é acaso: os saltos sociais ocorreram quando o povo foi prioridade absoluta”.

Ele também destacou que, na avaliação do partido, a disputa colocará em confronto direto dois modelos de país. “A disputa será exatamente essa: o Brasil do osso, da fome e da submissão dos Bolsonaros versus o Brasil grande, altivo e de oportunidades que Lula está reconstruindo. Nesse contraste, eles não têm como se sustentar de pé e o país sabe disso”, concluiu.